Uma mão robótica toca uma interface transparente com um holograma cerebral digital. O fundo é um azul profundo, transmitindo um tema futurista e tecnológico. Linhas e circuitos brilhantes cercam o holograma, enfatizando o conceito de inteligência artificial e inovação. - Efacont

Com a chegada de 2025, as empresas têm uma excelente oportunidade para refletir sobre o progresso alcançado e ajustar as suas estratégias de acordo com as novas exigências e tendências do mercado. O mundo dos negócios está a passar por uma transformação constante, com novos desafios a surgir a cada momento, e é importante que as organizações estejam bem preparadas para enfrentá-los. A adaptação às metas de sustentabilidade, o impacto crescente da inteligência artificial (IA), a reconfiguração das estruturas organizacionais, a necessidade de estratégias financeiras mais flexíveis, e as pressões geopolíticas são apenas alguns dos obstáculos que as empresas terão de superar para manter a sua relevância e competitividade. Diante deste cenário, é fundamental que as organizações abordem de forma estratégica estas questões, aproveitando as tendências empresarias que surgem para melhorar a sua posição no mercado.

Incorpore a Sustentabilidade de Forma Cuidadosa

A sustentabilidade é uma prioridade crescente para as empresas de todo o mundo, não apenas como um imperativo moral, mas também como uma necessidade estratégica para garantir a continuidade e a competitividade a longo prazo. Ao avaliar as metas de sustentabilidade, as empresas devem refletir sobre o seu compromisso com as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). Perguntas como: “Quais são as metas ESG da minha empresa?” e “Qual é o progresso real que conseguimos até agora?” devem estar no centro da gestão estratégica para 2025. Passar das palavras à ação, com um foco claro na priorização das iniciativas, soluções específicas adaptadas ao contexto da empresa, e uma abordagem colaborativa que envolva a inovação contínua, é essencial.

Existem várias estratégias que as empresas podem adotar para se alinhar com os critérios ESG. A vinculação da remuneração dos executivos a estas metas, a adoção de políticas de tributação sobre carbono e o apoio ao desenvolvimento de zonas de baixas emissões são algumas das abordagens mais comuns. Contudo, é importante analisar com cuidado as vantagens e desvantagens de cada uma dessas estratégias, de modo a garantir que as ações tomadas tragam benefícios sustentáveis sem prejudicar a viabilidade financeira da empresa no curto prazo.

A vinculação de remuneração aos objetivos ESG é uma estratégia eficaz para demonstrar o compromisso da empresa com as questões ambientais e sociais, mas os benefícios financeiros imediatos podem não ser tangíveis. Por isso, os líderes empresariais devem encarar essas ações como um investimento de longo prazo em soluções que visem a sustentabilidade, em vez de expectativas de resultados financeiros rápidos.

Em relação à tributação do carbono, os impactos dessa política devem ser cuidadosamente analisados. Se as empresas tiverem de absorver os custos adicionais ou repassá-los aos clientes, isso poderá sobrecarregar as finanças corporativas e desencorajar o investimento em tecnologias mais verdes. Além disso, as zonas de baixas emissões, embora eficazes na redução da poluição, podem afetar negativamente as empresas situadas em áreas comerciais com restrições de tráfego. O desafio é encontrar um equilíbrio entre os custos imediatos e os benefícios ambientais e sociais de longo prazo.

Aperfeiçoe as Competências em IA para Maximizar o Seu Potencial

A Inteligência Artificial (IA) está a transformar rapidamente o ambiente de trabalho, alterando as funções e as competências exigidas pelos postos de trabalho. O impacto da IA não está relacionado tanto com a eliminação de postos de trabalho, mas com a transformação das funções. À medida que as funções evoluem, há uma crescente necessidade de novas competências, especialmente na área da IA, como análise de dados, capacidade de resolver problemas de forma criativa e a tomada de decisões éticas em questões como a privacidade e os preconceitos.

A formação contínua nas competências necessárias para lidar com a IA será um fator chave para as empresas que querem manter-se à frente da concorrência. As empresas que implementam IA nos seus processos de trabalho têm vindo a aumentar a procura de gestores com um perfil técnico e com fortes competências de liderança. Estes gestores desempenham um papel fundamental na transição para um modelo de trabalho híbrido, que integra tanto as competências humanas como as capacidades da IA. No entanto, uma competência exclusivamente humana – o julgamento estratégico – continuará a ser essencial para as empresas, pois será necessária para tirar o máximo partido das soluções baseadas em IA e assegurar a sua implementação eficaz.

Adote Modelos Organizacionais Híbridos

A estrutura organizacional da sua empresa está a mudar? A forma tradicional hierárquica de gestão ainda é a mais comum em muitas empresas, mas um número crescente de organizações adotam modelos mais planos e menos hierarquizados, o que favorece uma maior autonomia entre os colaboradores. Assim como o trabalho remoto se tornou norma, as empresas estão a ajustar as suas estruturas organizacionais para refletir essa flexibilidade. Algumas empresas estão a eliminar os cargos de gestão intermédia e a dar maior autonomia aos funcionários, enquanto outras estão a reforçar esses cargos, adaptando-os ao novo contexto.

As abordagens híbridas de gestão oferecem o melhor dos dois mundos, combinando a autonomia dos colaboradores com a interdependência necessária para a colaboração eficaz. O equilíbrio entre autonomia e interdependência é essencial para criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Este equilíbrio permitirá que as empresas se ajustem com mais eficácia às exigências do mercado e às necessidades de inovação constantes.

Tendências Empresariais para 2025: Oportunidades - efacont

Adapte as Estratégias Financeiras às Mudanças Geopolíticas

As dinâmicas geopolíticas, com a crescente tensão entre grandes potências, terão um impacto significativo nas empresas em 2025. A inflação, a dívida pública e as mudanças nas políticas globais são fatores que as empresas terão de considerar ao planejar as suas estratégias financeiras. O excesso de empresas em funcionamento pode levar à queda dos preços dos bens e afetar negativamente a rentabilidade das empresas.

Além disso, as empresas devem estar atentas às mudanças na política económica global, como no papel do dólar americano. O dólar pode perder a sua posição dominante como moeda de reserva mundial, o que exigirá que as empresas adaptem as suas estratégias financeiras para lidar com essa eventualidade. Independentemente de como os cenários se desenvolvam, as empresas precisam de estar preparadas para uma economia global em constante mutação.

Promova Parcerias com as Partes Interessadas

Num cenário global em que o protecionismo e o isolacionismo estão a ganhar força, as empresas têm uma grande oportunidade de se destacar ao investir na colaboração e na construção de parcerias estratégicas com diversas partes interessadas. A cooperação entre empresas, governos e comunidades locais não só favorece a inovação, como também contribui para o combate a desafios sociais, como a desigualdade económica e a luta contra as alterações climáticas.

A colaboração será particularmente importante na área da sustentabilidade ambiental, onde os esforços globais são essenciais para alcançar resultados concretos. Se as empresas conseguirem colocar os interesses coletivos acima dos seus próprios interesses individuais, terão mais sucesso em promover um futuro mais colaborativo e sustentável.

As empresas que seguirem estas tendências e se prepararem para os desafios de 2025 estarão mais bem posicionadas para prosperar num mercado global em constante mudança e altamente competitivo. A chave será a adaptação rápida, a inovação contínua e a capacidade de construir redes de colaboração que sustentem o crescimento a longo prazo.