redução plástico - efacont

São utilizados, em média, 13 sacos de plástico Portugal por ano, enquanto a média da União Europeia (UE) é de 66,6 sacos anuais por pessoa. De acordo com o Eurostat, o consumo destes sacos registou uma queda de 14% num ano.

Redução do Consumo de Plástico Portugal entre os Líderes na Europa

Em 2022, Portugal destacou-se como o terceiro país da União Europeia com menor consumo de sacos de plástico leves por pessoa, registando uma média de 13 sacos por habitante ao longo do ano, de acordo com dados atualizados divulgados pelo Eurostat. Estes números refletem um esforço significativo na redução do uso de plásticos descartáveis em Portugal, posicionando o país entre os mais comprometidos com a sustentabilidade ambiental na Europa.

Apenas a Bélgica e a Polónia apresentam índices de consumo mais baixos. Na Bélgica, cada pessoa utilizou, em média, apenas quatro sacos de plástico leves durante o mesmo período, enquanto na Polónia o consumo anual per capita foi de sete sacos. Estes países evidenciam-se assim como exemplos na redução do uso de sacos de plástico leves, com políticas e práticas que os colocam na liderança dos esforços de combate ao desperdício de plástico na União Europeia.

Consumo de Plástico Portugal médio na UE e a sua redução

As estatísticas mais recentes revelam que, em 2022, o consumo médio de sacos de plástico leves por habitante nos países da União Europeia situou-se nos 66,6 sacos. Este valor reflete uma significativa diminuição face ao ano anterior, indicando uma redução de 10,8 sacos por pessoa, o que corresponde a uma queda de aproximadamente 14%. Esta descida percentual sugere que as políticas e iniciativas de sensibilização ambiental estão a ter um impacto positivo e visível nos hábitos de consumo de plástico leve entre os cidadãos europeus.

Em termos globais, ao longo de 2022, foram utilizados cerca de 29,8 mil milhões de sacos leves em toda a União Europeia, representando uma diminuição expressiva de 4,7 mil milhões de unidades em comparação com o total consumido no ano anterior. Estes números indicam uma tendência clara de redução do uso de plásticos descartáveis, alinhando-se com os objetivos da União Europeia de diminuir a poluição e promover uma maior sustentabilidade ambiental, tanto a nível individual como coletivo.

Países com maior consumo de sacos de plástico leves

Entre os países da União Europeia para os quais existem dados disponíveis, a Lituânia assume uma posição de destaque no que respeita ao consumo per capita de sacos de plástico leves, registando uma média anual de 249 sacos por habitante em 2022. Este elevado número indica uma dependência substancial do uso de sacos plásticos de utilização única no país. Logo a seguir, encontramos a Letónia, onde o consumo atinge 193 sacos por pessoa, seguida pela Chéquia, com uma média de 185 sacos de plástico leves por habitante no mesmo período.

A análise aponta que a maioria deste elevado consumo em alguns países se deve ao uso de sacos de plástico classificados como “muito leves”, isto é, sacos com uma espessura de parede inferior a 15 micrómetros. Este tipo de saco é frequentemente utilizado para produtos frescos ou a granel, como frutas e vegetais, o que pode contribuir para os altos índices de consumo, uma vez que estes sacos leves são fornecidos como opção prática e gratuita para os consumidores no momento da compra.

Diferenças na eficácia das medidas de redução

A análise indica que a diferença no consumo per capita de sacos de plástico entre os países da União Europeia está, em grande medida, ligada ao grau de eficácia das medidas que cada Estado-membro implementou para reduzir o uso destes sacos. A capacidade de sucesso destas medidas é influenciada por um conjunto de factores económicos, sociais e políticos específicos de cada país, que acabam por determinar a forma como as restrições são aplicadas e acolhidas pela população.

Cada Estado-membro tem adotado diferentes calendários e intensidades na aplicação destas políticas de redução.

Alguns países deram início às suas iniciativas entre 2018 e 2022, enquanto outros já haviam começado a implementar medidas de redução de consumo de sacos plásticos muito antes, refletindo estratégias diversificadas para atingir os objetivos ambientais. Outra variação significativa entre os países reside nos métodos de cálculo utilizados para medir o consumo de sacos de plástico. Estas diferenças nos métodos de avaliação acabam por influenciar a forma como os dados são interpretados e comparados, dificultando uma avaliação uniforme do impacto das políticas em toda a União Europeia.

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Diretiva da UE para a redução de sacos de plástico leves

Convém lembrar que todos os países membros da União Europeia têm a obrigação de pôr em prática medidas destinadas à redução do consumo de sacos de plástico leves, de acordo com as disposições estabelecidas pela Diretiva Sacos de Plástico. Esta diretiva foi criada com o propósito de promover a sustentabilidade e de mitigar o impacto ambiental causado pelo uso excessivo de sacos de plástico, que representam uma grande fonte de poluição, sobretudo em ambientes marinhos.

A diretiva define um objetivo claro e ambicioso: diminuir o consumo de sacos de plástico leves para um máximo de 40 unidades por pessoa até ao final de 31 de dezembro de 2025.

Este limite pretende ser um incentivo para que os países adotem alternativas mais ecológicas e que os consumidores reduzam a sua dependência dos sacos descartáveis. Importa realçar que esta meta não inclui os sacos ultraleves, os quais, devido à sua espessura muito reduzida e ao uso específico para produtos alimentares frescos, como frutas e legumes, estão excluídos desta contagem. A União Europeia, com esta diretiva, procura garantir que todos os países avancem no sentido de uma redução uniforme do uso de plásticos, promovendo uma gestão ambiental responsável e um consumo mais consciente entre os cidadãos europeus.